sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Viagem Único 2018: Salvador

OiÊ! Bem vindo(a) ao nosso blog, temos como objetivo de utiliza-lo para trazer informações importantes, transmitir conhecimento, narrar nossas aventuras e guardar nossas memórias. Esperamos que desfrute nossas experiências! Nossa viagem teve inicio no dia 27/06 e nosso grupo para este blog é composto por 4 pessoas: Vinícius e Felipe Menezes, João Carlos Nepomuceno e Pedro Rocha.


        

Primeiro dia de visita: Cetrel e KordSa

28/06 – 1º dia

Em nosso primeiro dia de passeio, visitamos 2 empresas do polo industrial de Camaçari. A primeira foi a Cetrel, empresa que oferece serviços ambientais - como gestão ambiental, de recursos hídricos e de emissões atmosféricas – e serviços de tratamento para resíduos, efluentes e água. E a segunda foi a KordSA, empresa que produz tecnologia para reforço de pneus, reforço de materiais de construção e produtos intermediários para várias indústrias, especialmente automotiva e de aviação.
Cetrel
Na Cetrel, foi nos apresentada uma palestra, com diversas informações relevantes sobre a empresa. Primeiramente, foi passado um vídeo instrucional sobre os processos de segurança da empresa. Além de explicações sobre os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), foram apresentadas outras várias medidas de segurança da empresa, como o alarme para acidentes e os procedimentos a serem seguidos caso este seja ativado. Para garantir o funcionamento correto de seus mecanismos, a Cetrel realiza um teste de seu alarme segunda-feira às 10:00 da manhã.  
Após as instruções de segurança, nossos palestrantes passaram a nos informar sobre o funcionamento da empresa. A Cetrel é uma empresa 100% brasileira, que atua na área de serviços ambientais, oferecendo diversas opções de consultoria e de ação efetiva em certas áreas de atuação. Na área de Gestão Ambiental, a Cetrel oferece diversas propostas, que incluem: Acompanhamento e gestão de licenças ambientais; elaboração, acompanhamento e preenchimento de indicadores ambientais; gestão de resíduos sólidos, do recebimento à destinação final; e auxílio em diversos processos organizacionais internos da empresa, para garantir o cumprimento de medidas ambientais. Além disso, a Cetrel oferece serviços de Gestão de Emissões Atmosféricas e de Recursos Hídricos, disponibilizando monitoramento de emissões atmosféricas e de recursos hídricos subterrâneos, superficiais e oceanográficos; Estudos de Dispersão Atmosférica (EDA); estudos hidrogeológicos; serviços de monitoramento hidrometeorológicos, operação e manutenção de redes e operação de Radares e Sodares; entre outros. A Cetrel oferece, ainda, laboratórios especializados, que oferecem pesquisas de análises físico-químicas em matrizes de ar, água, efluentes, sedimentos e solos e Resíduos Sólidos Perigosos, lodo de esgoto e industrial.
A Cetrel gerencia mais de 50 quilômetros de tubulações, 30 quilômetros de canais e seis estações, para tratar 4500 metros cúbicos por hora de efluentes industriais, que depois de devidamente tratados, são dispostos no emissário submarino, e no caso do lodo proveniente da DAC, são encaminhados para cerâmicas, em coprocessamento, enquanto os resíduos de plantas são destinados para as cimenteiras. Atualmente, emprega 250 funcionários, sendo 160 atuantes em Camaçari. A empresa emprega operadores de processos químicos, pesquisadores, engenheiros, técnicos ambientais e diversos outros grupos das mais variadas especializações. A Cetrel oferece, hoje, serviços a mais de 90 companhias, com seus mais variados serviços, sendo de suma importância para a preservação ambiental na região.
Após as palestras, finalizamos nossa visita a Cetrel em sua central de tratamento, onde pudemos observar, de dentro do ônibus, onde são realizados alguns dos processos explicados, podendo absorver com mais clareza as explicações que nos foram apresentadas.



KordSA
Após nossa visita à Cetrel, nos dirigimos à KordSA. Assim como na primeira indústria, nos foi apresentado um vídeo informativo sobre os processos de segurança, com algumas diferenças pequenas em relação à segurança nas instalações, em comparação a Cetrel. Por ser uma empresa que trabalha com produção de materiais de alta tecnologia, nos foram dadas orientações específicas sobre o comportamento dentro da empresa. Os EPIs incluem, dessa vez, protetor auricular e auditivo, e existiam áreas específicas onde somente pessoal autorizado pode transitar e mesmo as áreas abertas à visitação requerem cautela por parte dos visitantes, de todo modo, para que não hajam interferências nos processos ou acidentes com as máquinas.
A maior parte do processo realizado pela empresa é relacionado a construção da lona de revestimento para pneus. A lona é produzida com a utilização de um polímero, que antigamente era produzido na própria empresa, mas por motivos financeiros passou a ser importada de fora do país. Dentro do ambiente de produção, fomos guiados por uma visitação para observar os processos de produção. Inicialmente, o polímero é transformado em um fio, com o auxílio de um maquinário específico, após isso, o fio é transportado até outra ala de produção, onde é transformado em uma rede de várias camadas, passando a ser chamada de lona crua. Após isso, a lona é levada para outra ala onde outros processos eram realizados, até que ela finalmente possa ser utilizada como revestimento em larga escala. Praticamente todas as etapas citadas são realizadas por maquinário, com exceção do transporte do material para novas alas e a manutenção do maquinário, que é feito por pessoas empregadas, que utilizam se de veículos apropriados para tal.
A KordSA, terminado seu processo de produção, designa seus devidos dejetos e efluentes para estações de tratamento, além de reciclar materiais que possibilitam essa prática. Com isso, a KordSA acaba por empregar um grupo grande de operários, técnicos de manutenção, gerentes de produção, engenheiros e outras profissões de variadas especializações, além da equipe que cuida da gerência local e o recebimento de visitas. Contudo, a empresa não divulga a quantidade exata de empregados no polo industrial de Camaçari, atualmente.
Com as explicações sobre o processo de produção e o funcionamento da empresa, pudemos observar que a KordSA realiza um papel importante no ramo industrial, principalmente na área de desenvolvimento de materiais e pesquisas. Além da importância industrial, a KordSA tem uma enorme importância no produto que chega ao consumidor, por torna-los mais acessíveis e seguros para a população.



O ultimo dia do Polo: BASF e Braskem

No dia 29/06 às 6:30 da manhã, os alunos tomaram café pensando nas empresas que visitaríamos, sendo o último dia de visita ao polo petroquímico de Camaçari. Para fechar com chave de ouro nossas visitas ao polo começamos com a BASF! Maravilhados com a beleza do lugar e com as magníficas estruturas necessárias para o bom funcionamento da indústria, fomos recebidos por funcionários e encaminhados para uma sala ao ar livre para assistirmos um vídeo de segurança. Após o vídeo, uma palestra demonstra as conquistas da empresa e estatísticas inspiradoras!

A BASF, também conhecida como BadischeAnilin- & Sodafabrik, foi fundada em 1865 por um grupo anônimo que utilizava da química para produzir corantes. Com maestria na utilização da química , a BASF passou a migrar para outros campos de atuação da química industrial, como a química dos plásticos, corantes, fertilizantes e atualmente nanotecnologia. Podemos ver durante a demonstração de um de seus produtos o poder do superabsorvente, um pó utilizado em fraldas e materiais superabsorventes. A BASF possui reconhecimento nacional e internacional extenso, detentora de prêmios como a "Empresa do ano do Programa Atuação Responsável" e "Empresa mais sustentável do setor químico e na gestão de fornecedores" premiadas respectivamente pela American Chemistry Council (ACC) e pela revista Exame no Guia Exame de Sustentabilidade. Tais prêmios realçam um dos maiores focos da empresa, estampado em sua slogan também, criar química que desempenhe uma função, a fim de facilitar a vida das pessoas da forma mais ecologicamente correta possível.
Ter mais de 140 anos de serviço não é para qualquer empresa, porém a BASF divulga suas estratégias empresariais abertamente, gerando um reconhecimento de outras empresas, como as outras indústrias do Polo Petroquímico de Camaçari. Apenas no Brasil, a BASF possui 12 fábricas e filiais no Brasil, espalhadas por estados como a Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Pernambuco e Bahia. A meta da empresa para 2025 na América do Sul é baseada em cinco pilares: inovação e sustentabilidade, orientação por indústria,investimentos e aquisições, excelência de gestão e pessoas. Os 5 pilares mostram o caminho para o objetivo principal, "unir o êxito econômico com responsabilidade social e proteção ao meio ambiente" atitudes amplamente defendidas pela empresa desde o começo de sua história.

Devido ao sigilo industrial rígido, não foi permitido tirar fotos... infelizmente...

Após um lanche, a ventania e a leve chuva trouxe um clima agradável, recheado de novas experiências. Voltamos para o ônibus com a certeza de que a BASF jamais será esquecida, tanto pela contribuição social quanto pela contribuição intelectual.

O Polo Petroquímico de Camaçari funciona com maestria pois as empresas que o compõem utilizam os serviços umas das outras, facilitando e barateando custos de diversos tipos. Usando como exemplo, os rejeitos da BASF são enviados para a Cetrel, onde receberão o tratamento correto e mitigarão os impactos ambientais provocados por grandes atividades químicas do Polo como um todo.


Para concluir a visita ao polo, fomos recebidos na Braskem para uma palestra. Fomos divididos em dois grupos por medidas de segurança e ouvimos atentamente as informações que nos foi passada.

A Braskem é uma empresa oriunda da integração de 6 empresas da Organização Odebrecht e do Grupo Mariani em 2002, produz atualmente resinas termoplásticas como o PVC, além de produzir produtos químicos básicos para produção de produtos diversos, como o Eteno e o Benzeno.
Possui 8000 integrantes e está presente em 4 países, sendo eles a Alemanha, Estados Unidos, México
e principalmente o Brasil com 29 de suas 40 unidades industriais. Assim como a BASF e outras empresas do Polo Petroquímico, a Braskem possui reconhecimento nacional e internacional, com prêmios como "A melhor da Química e Petroquímica" da revista ÉPOCA Negócios e a presença na "Dow Jones Sustainability Emerging Markets Index"
Apesar de ser uma empresa relativamente "nova" , a Braskem possui uma série de estratégias comerciais, organizacionais e princípios que regem suas ações e políticas, constituindo-se em 6 vertentes: confiança nas pessoas, retorno aos acionistas, autodesenvolvimento das pessoas, satisfação do cliente, parceria entre integrantes e reinvestimento dos resultados; realizando esse conjunto de objetivos, a Braskem segue firme, forte e competitiva no ramo em que se encontra, o ramo da produção química básica e resinas termoplásticas. Em suma... a Braskem é a empresa que transforma a cana-de-açucar em polietileno, utilizado para criação de embalagens flexíveis, item indispensável no mercado industrializado atual.




Ao fim da palestra, demos adeus ao Polo Petroquímico de Camaçari e seus funcionários, rumo ao hotel após um fatídico dia produtivo , tivemos mais uma aula sobre o tratamento de esgoto antes do jantar para encerrar o dia. Amanhã iniciaremos as visitas culturais a Salvador, abandonando um pouco a área química da Bahia.


De Polo Petroquímico a Praia: Projeto Tamar, Projeto Baleia Jubarte e Trilha na reserva Sapiranga

30/06


Para o terceiro dia da viagem (dia 30/06), os estudantes acordaram sabendo que o dia seria mais cheio do que os outros, porém tão interessante quanto. Ao final do dia, teriam visitado o Projeto Tamar, Instituto Baleia Jubarte, Castelo Garcia D’Avila e feito uma pequena trilha de aproximadamente 4 quilômetros em uma área de Mata Atlântica.

A primeira parada foi no Projeto Tamar, organização que foi fundada em 1980, e possui como principal objetivo, salvar 5 espécies de tartaruga que vivem pelas costas brasileiras, todas em risco de extinção. O foco do projeto está em cima das seguintes espécies: Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), Tartaruga-de-couro (Dermochelys coriácea), Tartaruga-verde (Chelonia mydas) e a Tartaruga-oliva (Lepidochelys olivácea). A Tartaruga-cabeçuda foi nomeada assim por possuir uma cabeça grande e uma mandíbula muito forte, a Tartaruga-de-pente possuía seu casco utilizado para a produção de pentes, recebendo assim seu nome, a Tartaruga-de-couro foi nomeada assim por possuir um casco com uma fina e resistente camada de pele, com milhares de pequenas placas ósseas, fazendo se assimilar ao couro, já a Tartaruga-verde recebe seu nome pela sua coloração assim como a Tartaruga-oliva. O principal ponto de diferenciação dessas espécies, é a constituição dos seus cascos, a Tartaruga-cabeçuda, por exemplo, possui seu casco formado por cinco pares de placas laterais, diferentemente da Tartaruga-de-pente (com quatro placas laterais), da Tartaruga-verde (com quatro pares de placas laterais) e da Tartaruga-oliva (com seis ou mais pares de placas laterais). Mesmo com o foco nas tartarugas, o projeto possui como objetivo também, proteger a vida marinha, por isso, ao visitar o complexo, pode-se observar outros animais, como por exemplo o tubarão-lixa (Ginglymostoma cirratum), eles fazem isso pois ao proteger os principais alvos da pesca predatória, se mantem o equilíbrio na cadeia alimentar do resto da vida marinha. O projeto não possui fins lucrativos, e só está em funcionamento graças aos investimentos de instituições, tanto governamentais quanto não-governamentais, um exemplo de um grande investidor do projeto é a Petrobras.



As tartarugas colocam os seus ovos enterrados nas praias, cada desova possui cerca de 120 ovos, porém a cada mil que nascem, apenas uma ou duas atingem a fase adulta. Como as praias são áreas muito atrativas para o homem, os ninhos com os ovos correm vários riscos, por exemplo, quando um carro passa pela areia, ele torna mais difícil para os filhotes saírem de baixo, pois compacta o solo. Outro problema muito comum é a presença da luz artificial, quando um filhote nasce, ele vai para o mar, se guiando pela luz que reflete na água, porém, com o aumento das comunidades litorâneas, muitas tartarugas se perdem no caminho para o mar, acabando indo na direção das cidades, onde morrem por diversos motivos.







Em seguida, partimos para o Instituto Baleia Jubarte, fundado em 1996, com o objetivo inicial de dar suporte para o Projeto Baleia Jubarte (criado para proteger as baleias jubartes da região de Abrolhos, principal berçário da espécie), porém a base do instituto que visitamos só foi implantada em 2001, após uma melhora na quantidade de baleias, com essa nova base, foi possível aumentar a área de ação do instituto. Um grande fator que estava gerando a extinção das baleias era a caça. A gordura e a carne de baleia possuíam um grande valor comercial, chamando uma atenção gigantesca, porém, a quantidade de baleias caçadas estava superando a capacidade reprodutiva desse animal, gerando um processo de extinção.



Depois de receber tanta informação, o grupo estava com fome, então fomos para um restaurante próximo do Projeto Tamar, e os alunos foram liberados para fazerem algumas compras perto do restaurante, durante esse momento, conseguimos perceber a movimentação do comércio da região, com um fluxo relativamente grande de pessoas, e uma variedade de mercadorias típicas da região, inclusive artesanatos dos mais variados.

Com todos alimentados, fomos para o Castelo Garcia D’Avila, considerado a primeira grande edificação portuguesa no Brasil, começou a ser construído em 1551 e se destacou na história da colonização por mais de três séculos, quando foi abandonada em 1835, e foi tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938. Junto com o castelo, havia uma capela, nomeada atualmente como Capela de Todos os Santos, é a parte mais antiga do castelo, e foi concluída apenas em 1624. Ao ser abandonado, o castelo passou a ser saqueado, exceto a parte da capela, que se manteve intocada. Tivemos a oportunidade de assistir uma aula de um guia local e do nosso querido professor Lacerda.







Ao meio da tarde, partimos para a Reserva Sapiranga, local com mais de 600 hectares de Mata Atlântica e com uma biodiversidade gigantesca. Iniciamos então uma caminhada, com o objetivo de adquirir novas experiências. Ao longo da trilha, percebemos um ambiente mais úmido e quente, e, por causa da quantidade de árvores, ficava difícil a passagem dos raios de sol, gerando uma sensação de que está mais tarde do que realmente está. Ao longo da trilha, encontramos diversas espécies de plantas, entre elas, uma bromélia, que possuía um fitotelmo (depósitos de água pluvial armazenados em estruturas de plantas, como folhas) que tornava possível o desenvolvimento de todo um ecossistema na própria planta, por acumular água, essa bromélia se tornou um lar propício para o desenvolvimento de répteis e insetos. Ao olhar para o chão, percebíamos que o solo era arenoso, logo, pobre em nutrientes, porém, a floresta se auto sustentava com a decomposição da matéria orgânica presente na serrapilheira, como possuía um clima bem quente e úmido, a decomposição era muito favorecida, facilitando a manutenção dos nutrientes do solo.




O retorno: Matar saudade de casa e criar saudade de Salvador

Enfim... o fim... nossa excursão chega ao seu ultimo dia. Após o café da manhã, tivemos uma aula interdisciplinar de encerramento e síntese de todo o conteúdo adquirido com os professores, durou por volta de 2 horas e só terminou com o início do jogo entre Brasil x México. Com risadas, novas amizades, conhecimentos novos extenso, encerramos com chave de ouro essa viagem que ficará para sempre em nossos corações. O contato que tivemos com novas experiências,cultura, poesia, música, emoções e sensações moldaram as pessoas que somos hoje. Obrigado por acompanhar nosso trabalho com esse blog e até mais"  :]
~Vinícius, Felipe, Pedro e João Carlos



Fotografias:

Professor Fernando e Alexandre
Camila Marques
Equipe PANTHERTUR
Pedro Rocha
Vinícius Menezes
João Carlos Nepomuceno
Felipe Menezes

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

O dia molhado: Mergulho e o Elevador Lacerda 01/07

Dia 1/7

O Mergulho
No 1º dia do mês de julho, a programação da viagem ficou um pouco mais “molhada” do que de costume. Após um dia com uma trilha muito calorenta na Mata Atlântica do litoral brasileiro, visitamos outra maravilha da costa do nosso país: a barreira de corais da Praia do Forte, onde também se localiza o Projeto Tamar.
Descrever o mergulho foi a primeira coisa que fiz após sair dele, conversando com uma amiga minha. Primeiramente, não se imagina a imensidão dos corais. É somente ao notar que o mar quebra extremamente longe da praia que se pode ter noção da extensão da barreira. As ondas quebram longe, como se o mar, não conseguindo adentrar os corais com toda a sua força, tivesse adotado uma técnica mais sutil, mais calma e sorrateira, para preencher o litoral com sua água salgada.
Nós não somos de lá, com toda a certeza. Temos que usar uma máscara para poder mergulhar e ver. E, ao menos eu, que estava mergulhando pela primeira vez num lugar como aquele, não sabia para onde olhar. Tudo parece vivo. Tudo é vivo. Graças ao leve vai e vem do mar, as algas se mexem como se houvesse vento debaixo d’água. Sim, é similar à superfície, mas é diferente, também.
Os animais se afastam de você e quanto mais você nada, mais bagunçado tudo parece ser (mas é você que está bagunçando tudo). Ao ficar parado, flutuando, olhando para baixo, tudo passa devagar pelos seus olhos. E todo detalhe pode ser observado pelo seu cérebro. Os peixes se aproximam mais, as “pedras” não são “pedras”, elas possuem buracos que fecham ao toque, porque corais na verdade são seres vivos. Seres vivos altamente escorregadios e cortantes, com seus exoesqueletos de calcário.
É claro, não posso deixar de notar todo o resto da variedade que pudemos ver: um pepino-do-mar, uma estrela-do-mar, uma moreia muito tímida… E claro, vários seres humanos, nadando em bando, de um lado para o outro, curiosos com tudo o que já descrevi.







Elevador Lacerda e Praça Castro Alves
A ida ao Elevador Lacerda foi uma rápida visita noturna, com uma guia turística da cidade. Está localizado na Praça Tomé de Sousa, também conhecida como Praça Municipal, no Centro Histórico de Salvador, dividindo o espaço com o Palácio Tomé de Sousa (atual sede da Prefeitura), o Palácio Rio Branco (antiga sede do governo da Bahia), a Câmara de Vereadores de Salvador e a Estátua de Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral do Brasil.
É o primeiro elevador urbano do mundo e, na época de sua inauguração, 8 de dezembro de 1873, era também o mais alto. Transporta pessoas da Cidade Alta (Praça Tomé de Sousa) para a Cidade Baixa (Praça Cairu). Atualmente, é um dos principais pontos turísticos da cidade de Salvador, presente em inúmeros cartões postais.
Foi um ambicioso projeto da família Lacerda, que entendia a necessidade de um rápido transporte entre os dois níveis de Salvador. A grande escarpa que dividia a cidade tinha se tornado um problema que piorava cada vez mais, graças à expansão urbana. O pai da família, Antônio Francisco de Lacerda, dono de muitas propriedades, seu irmão, Augusto Frederico de Lacerda, sua esposa e seu sogro reuniram-se muitas vezes até que as obras pudessem tomar início no dia 17 de outubro de 1869.
O nome popular inicial do elevador era “Parafuso”, mas isso foi mudado em 1896, para homenagear Antônio de Lacerda, o idealizador do projeto. Após ser inaugurado, o elevador tornou-se o principal meio de transporte entre a Cidade Baixa e a Cidade Alta quase que instantaneamente. Inicialmente, os passageiros eram pesados inicialmente, para que não fosse ultrapassado o limite de peso de nenhuma das duas cabines.
Desde sua inauguração, o Elevador Lacerda passou por várias reformas, como a de 1906, para sua eletrização. Em 1930, que foram adicionados mais dois elevadores e uma nova torre, dando ao Elevador Lacerda a arquitetura que tem hoje. Ao longo do tempo, toda a parte mecânica já foi reformada, além de ter passado por revisões em sua estrutura de concreto, maquinário elétrico e eletroeletrônico.
Vale ressaltar que, do alto das torres do Elevador Lacerda, o turista pode enxergar, a Baía de Todos-os-Santos, o Mercado Modelo e, um pouco mais distante, o Forte de São Marcelo. Perto dali, encontra-se a Praça Castro Alves, com um monumento inaugurado no dia 6 de julho de 1923, com mais de 10 metros de altura. Representa o grande poeta Castro Alves, todo em bronze, “na atitude de fala ou de estar declamando, tendo a cabeça descoberta, fronte erguida, olhar perdido no infinito, chapéu mole de estudante à mão esquerda e o braço direito estendido”, como é descrita. Na base do monumento, está representado um casal de escravos, fazendo referência à luta do poeta pela abolição da escravatura. Atualmente, o resto mortal de Castro Alves se encontra em uma cripta na base da estrutura.




Viagem Único 2018: Salvador

OiÊ! Bem vindo(a) ao nosso blog, temos como objetivo de utiliza-lo para trazer informações importantes, transmitir conhecimento, narrar noss...